Exposição Plínio Bernhardt: Arte eternizada no São Pedro volta ao theatro
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O foyer do Multipalco Eva Sopher receberá a exposição Plínio Bernhardt: Arte eternizada no São Pedro volta ao theatro, com curadoria de José Eduardo Bernhardt, filho do artista, e organização de Angela Costa, arquiteta da Fundação Theatro São Pedro.
A abertura da exposição ocorrerá no dia 11 de junho, às 17h e estará aberta para visitação, com entrada franca, até o dia 6 de julho (de terça a domingo, a partir das 12h). Como Plínio gostava de trabalhar ao som da música de Ludwig von Beethoven, um quarteto de cordas da Orquestra Jovem do Theatro São Pedro.
Esta exposição nasceu a partir da relação de Plínio Bernhardt com o Theatro São Pedro, pois ele é um dos pintores cuja obra está presente no forro do teatro. A obra de Plínio Bernhardt aborda, em boa parte, temas ligados ao universo teatral. Destacam-se telas de instrumentos musicais, fachadas de teatros e prédios históricos, além da tela “Bailarina”, traduzindo sua forte ligação com a figura humana.
O espólio da obra de Plínio Bernhardt é imenso. Encontra-se aos cuidados do filho, José Eduardo, e contou com apoio do Margs com o empréstimo de objetos pessoais do artista para compor a exposição. Dentre esses trabalhos, foram selecionadas obras que alcançassem uma certa representatividade da obra do artista, mas, ao mesmo tempo, enfatizasse sua relação com o teatro e a arquitetura. Vamos encontrar uma aquarela de cenário operístico, feita na faculdade, talvez das peças mais antigas suas, além de desenhos que introduzem os seres fantásticos, que atravessam toda a sua criação, chegando aos Esqueletos, que surgem em 1980. Quatro dessas telas, de 2003, estão na mostra que inclui, ainda, gravuras do Clube de Gravura de Porto Alegre e telas das ruínas das Missões Jesuíticas, pintadas em 1947.
SOBRE O FORRO DO THEATRO SÃO PEDRO
A pintura decorativa do forro do Theatro São Pedro foi uma das grandes obras realizadas durante a restauração do teatro, na década de 1970. O forro se constitui em um enorme painel, que retrata elementos da flora e da fauna gaúchas, exaltando a identidade cultural do Rio Grande do Sul.
Plínio Bernhardt, ao lado de Léo Dexheimer, Danúbio Gonçalves e Carlos Mancuso, integrou a equipe responsável por essa criação, a convite de Eva Sopher. No forro, Plínio aplicou o mesmo rigor estético presente em toda a sua obra, com atenção ao traço, à composição e à representação do universo que o inspirava. Sua contribuição foi fundamental para que essa pintura se tornasse, não apenas um elemento decorativo, mas também um registro da identidade e da história gaúcha, hoje transformada em bem tombado e protegido.
SOBRE PLÍNIO BERNARDT
Plínio Bernhardt (1927–2004), natural de Cachoeira do Sul, é uma das grandes referências da arte gaúcha no século XX. Pintor, gravador, desenhista e professor, formou-se em Artes Plásticas pela UFRGS. Participou ativamente do movimento modernista, sendo fundador da Associação Francisco Lisboa e do Clube de Gravura de Porto Alegre.
Sua obra é marcada pela valorização da figura humana, do corpo, do cotidiano e do imaginário do interior gaúcho, criando uma iconografia muito própria. Realizou importantes exposições no Brasil e no exterior. Foi diretor do MARGS em 1974 e, até seus últimos anos, ministrou uma tradicional oficina de desenho da figura humana, além de explorar temas como fachadas, abstrações e seres imaginários.
SERVIÇO
Plínio bernhardt: Arte eternizada no São Pedro volta ao theatro
De 11 de junho a 06 de julho
ENTRADA FRANCA
Foyer do Multipalco Eva Sopher
Visitação de terça a domingo, a partir das 12h
O Foyer do Multipalco Eva Sopher conta com o serviço de cafeteria de July Pires Bakery & Coffee, aberto de terça a domingo, a partir das 12h.