Exposição ORE REKO (Nossa cultura)

Data: De 05 a 22 de setembro
Sala de Exposições do TSP

ENTRADA FRANCA

EXCEPCIONALMENTE NOS DIAS 07 E 08 DE SETEMBRO (sábado e domingo) A EXPOSIÇÃO NÃO ESTARÁ DISPONÍVEL PARA A VISITAÇÃO POIS O TEATRO ESTARÁ FECHADO.

De terça a sábado, das 15h até a hora do espetáculo. Aos domingos, a partir das 16h até a hora do espetáculo.

SOBRE A EXPOSIÇÃO

A exposição “Ore reko” propõe uma iniciativa inovadora, uma articulação entre a Casa da Memória Unimed Federação/RS, o Instituto Unimed/RS e o Theatro São Pedro. A mostra se organiza em 50 imagens diferentes.

O visitante da Casa da Memória Unimed Federação/RS é convidado a completar sua visita na sala de exposições do Theatro São Pedro e vice-versa. Assim, dois espaços diferentes mas complementares proporcionam o encontro com uma cultura e um conjunto de valores nem sempre bem compreendidos ou valorizados. A Medicina e a Arte têm algo em comum: a celebração da vida.

Nada é mais vital do que esta experiência comunitária dos Mbya Guarani que estas fotografias documentam poética e ludicamente, graças ao olhar cúmplice de Luíz Horácio.

LUIZ HORÁCIO (Fotógrafo)

"Meu pensamento é expresso pela câmera fotográfica.
Não se trata de um mero acionar de disparador e pronto. Ferramenta a estender meu pensamento. Procuro não aviltar esse instrumento frio e ao mesmo tempo tão carinhoso e compreensivo comigo. Pode existir um significado social nas fotografias? Sem dúvida, desde que esteja voltado a questões comuns, à dignidade e ao respeito, por exemplo. Dignidade, respeito, na forma mais ampla, preservação do ambiente, da cultura; é o que esta exposição, ORE REKO, pretende mostrar. Registros da convivência com habitantes da Tekoa Nhe`Engatu, no município de Viamão. ORE REKO é o meu sentimento em imagens, forma de agradecimento pelo muito que me ensinam, pela confiança e, sobretudo, pelo amor que sempre recebo dos meus irmãos M`bya."

OS GUARANI

Foram dos primeiros povos da América do Sul a fazer contato com os portugueses. Atualmente, a etnia apresenta população em torno de 8.000 pessoas, em sete estados. É uma das etnias mais numerosas do Brasil. Além do nosso país, os Mbya vivem no Paraguai, Argentina e Uruguai.

No interior do município de Viamão, numa área com mais de 148 hectares, pulsa a tekoa Nhe’engatu da etnia Mbya Guarani, composta por quarenta e seis famílias, cento e quarenta e duas pessoas. Eles não ficaram imunes à tragédia climática que afligiu o Rio Grande do Sul. No entanto, jamais percebemos um lamento, um frágil vestígio de negatividade, muito pelo contrário: se Nhanderu criou a doença, o problema, ele também criou o remédio, a solução. Pessoas que respeitam e preservam a natureza que conta com espécies ameaçadas de extinção, têm imenso cuidado com os cursos hídricos; plantam batata, milho, mandioca, batata doce, feijão, etc...

Algumas trabalham fora da aldeia ou estudam:
na tekoa funciona uma escola. Eles têm orgulho de sua cultura, de sua ancestralidade. Carentes em alguns aspectos materiais, nem sempre o que produzem é suficiente. Nós podemos contribuir para diminuir algum desprovimento, mas, acima de tudo, a maior ajuda é o respeito. Daí a intenção desta exposição, como indica seu título. Mostrar a cultura do cotidiano Mbya Guarani.

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